sexta-feira, 1 de julho de 2016

Revisão anatomia e fisiologia: Pâncreas

Localizado na parte superior do abdome, com função exócrina (enzimas digestivas) e endócrinas.
As glândulas exócrinas levam as secreções para o ducto pancreático que se une ao ducto biliar e penetra no duodeno. As secreções são enzimas com conteúdo proteico e com eletrólitos, são alcalinas e incluem:
Ø  Amilase: digestão de carboidratos
Ø  Tripsina: digestão de proteínas
Ø  Lípase: digestão de lipídios

A secreção e estimulada por hormônios como a secretina, para secreção de bicarbonato e colecistocinina-pancreozinina (CCKPZ) para secreção de enzimas digestivas.
No pâncreas endócrino, as Ilhotas de Lngerhans produzem:
Ø  Insulina (pelas células Beta): que auxilia na entrada de glicose no fígado, músculo e outros tecidos. Alem da formação do glicogênio e armazenamento no tecido adiposo.
Ø  Glucagon (células Alfa): responsável pela conversão do glicogênio em glicose para  aumentar nível de glicemia.
Ø  Somatostatina (células Delta): inibe liberação de glucagon, insulina e hormônio do crescimento (GH), estimula a tireoide (TSH), diminui a secreção gástrica e pancreática.

Pancreatite

inflamação do pâncreas descrito como autodigestão do pâncreas, que pode resultar da obstrução do ducto pancreático ou hipersecreção de enzimas exócrinas, que entram no ducto biliar, são ativadas e refluem para o ducto pancreático junto com a bile, gerando a pancreatite.

Pancreatite aguda

Caracteriza-se por edema e inflamação do pâncreas que pode retornar ao normal em 6 meses, considerando a forma branda ou pode ocorrer a digestão enzimática da glândula, com formação de tecido necrótico e extensão da lesão aos tecidos retroperitoneais na pancreatite grave.

Pancreatite crônica

Caracterizada por destruição anatômica e funcional progrssiva do pâncreas, com formação de tecido fibroso por repetidas obstruções do ductos pancreático e biliar.

Complicações

Cistos, abcessos pancreáticos, coleção de liquido no pâncreas, síndrome da angustia respiratória aguda, choque, coagulopatia intravascular disseminada, derrame pleural.

Fisiopatologia

A inflamação é gerada pela digestão do pâncreas por suas próprias enzimas. Os cálculos biliares podem obstruir a passagem do suco pancreático pela ampola Vater (que comunica o ducto pancreático e biliar ao duodeno) levando ao refluxo para o ducto pancreático. As causas mais comuns sã uso de álcool prolongado, infecção bacteriana ou viral, edema ou espasmo da ampola Vater, ulcera péptica, hipercolesterolemia.


Manifestações clínicas

Ø  Dor abdominal na região epigástrica, geralmente 24 horas depois da refeição ou ingestão de álcool.
Ø  Êmise sem alivio da dor.
Ø  Hipotensão, icterícia.
Ø  Angustia respiratória e hipóxia devido a infiltrados pulmonares.
Ø  Perda de peso.

Tratamento

ü  Ingestão oral é suspensa para inibir a secreção de enzimas pancreáticas.
ü  Tratamento da dor com analgésicos.
ü  Drenagem de cistos através de endoscopia.
ü  Eliminar ingestão de álcool.
ü  Desbridamento do tecido necrótico do pâncreas através de cirurgia.
ü  Uso de antiácidos a partir da resolução da pancreatite.

Cuidados de enfermagem

ü  Aliviar a dor e desconforto
ü  Melhorar o padrão respiratório
ü  Melhorar o estado nutricional
ü  Monitorar complicações

ü  Ensinar autocuidado

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