Localizado na parte superior do abdome, com função
exócrina (enzimas digestivas) e endócrinas.
As glândulas exócrinas levam as secreções para o ducto
pancreático que se une ao ducto biliar e penetra no duodeno. As secreções são
enzimas com conteúdo proteico e com eletrólitos, são alcalinas e incluem:
Ø
Amilase: digestão de carboidratos
Ø
Tripsina: digestão de proteínas
Ø
Lípase: digestão de lipídios
A secreção e estimulada por hormônios como a
secretina, para secreção de bicarbonato e colecistocinina-pancreozinina (CCKPZ)
para secreção de enzimas digestivas.
No pâncreas endócrino, as Ilhotas de Lngerhans
produzem:
Ø
Insulina (pelas células Beta): que auxilia na
entrada de glicose no fígado, músculo e outros tecidos. Alem da formação do
glicogênio e armazenamento no tecido adiposo.
Ø
Glucagon (células Alfa): responsável pela
conversão do glicogênio em glicose para
aumentar nível de glicemia.
Ø Somatostatina
(células Delta): inibe liberação de glucagon, insulina e hormônio do
crescimento (GH), estimula a tireoide (TSH), diminui a secreção gástrica e
pancreática.
Pancreatite
inflamação do pâncreas descrito como autodigestão do
pâncreas, que pode resultar da obstrução do ducto pancreático ou hipersecreção
de enzimas exócrinas, que entram no ducto biliar, são ativadas e refluem para o
ducto pancreático junto com a bile, gerando a pancreatite.
Pancreatite aguda
Caracteriza-se por edema e inflamação do pâncreas que
pode retornar ao normal em 6 meses, considerando a forma branda ou pode ocorrer
a digestão enzimática da glândula, com formação de tecido necrótico e extensão
da lesão aos tecidos retroperitoneais na pancreatite grave.
Pancreatite crônica
Caracterizada por destruição anatômica e funcional
progrssiva do pâncreas, com formação de tecido fibroso por repetidas obstruções
do ductos pancreático e biliar.
Complicações
Cistos, abcessos pancreáticos, coleção de liquido no
pâncreas, síndrome da angustia respiratória aguda, choque, coagulopatia
intravascular disseminada, derrame pleural.
Fisiopatologia
A inflamação é gerada pela digestão do pâncreas por
suas próprias enzimas. Os cálculos biliares podem obstruir a passagem do suco
pancreático pela ampola Vater (que comunica o ducto pancreático e biliar ao
duodeno) levando ao refluxo para o ducto pancreático. As causas mais comuns sã
uso de álcool prolongado, infecção bacteriana ou viral, edema ou espasmo da
ampola Vater, ulcera péptica, hipercolesterolemia.
Manifestações clínicas
Ø
Dor abdominal na região epigástrica, geralmente
24 horas depois da refeição ou ingestão de álcool.
Ø
Êmise sem alivio da dor.
Ø
Hipotensão, icterícia.
Ø
Angustia respiratória e hipóxia devido a
infiltrados pulmonares.
Ø
Perda de peso.
Tratamento
ü
Ingestão oral é suspensa para inibir a secreção
de enzimas pancreáticas.
ü
Tratamento da dor com analgésicos.
ü
Drenagem de cistos através de endoscopia.
ü
Eliminar ingestão de álcool.
ü
Desbridamento do tecido necrótico do pâncreas
através de cirurgia.
ü
Uso de antiácidos a partir da resolução da
pancreatite.
Cuidados de enfermagem
ü
Aliviar a dor e desconforto
ü
Melhorar o padrão respiratório
ü
Melhorar o estado nutricional
ü
Monitorar complicações
ü Ensinar
autocuidado
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